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Olimpíadas de Inverno: Manex Silva termina em 90º lugar no cross country estilo clássico
Publicado em 11/02/2022 09h00
Foram 15km de subidas, descidas e muito esforço. Nesta sexta-feira, no Centro de Esqui Cross Country de Zhangjiakou, o brasileiro Manex Silva terminou os 15km do estilo clássico na 90ª colocação, sete posições atrás em relação ao ranking da largada, com o tempo de 50min35s1.
– Na verdade fiquei bem longe da expectativa. Foi uma prova muito dura. Esse ano não estou conseguindo fazer boas provas longas. Hoje não deu. Essa pista é muito duro e o clássico é a modalidade que menos gosto. Tinha expectativa de fazer uma boa corrida, mas não deu – disse, em entrevista ao sportv2.
Esta foi a terceira prova de Manex nas Olimpíadas de Pequim 2022. O brasileiro não completou o esquiatlo por levar uma volta do líder e ficou em 71º lugar no sprint. Ele ainda está inscrito nos 50km largada em massa, que serão disputados no dia 19 de fevereiro a partir das 3h (de Brasília).
– Tenho agora sete dias para descansar e treinar um pouco. A meta é participar, como é uma prova muito longa, muito dura, vou tentar ver o mais rápido possível, mas como nessa prova você tem que abandonar quando os primeiros te alcançam vai ser muito difícil.
O finlandês Livo Niskanen foi o campeão dos 15km clássicos com 37min54s8. Foi a segunda medalha dele em Pequim, após o bronze no esquiatlo. Alexander Bolshunov, do Comitê Olímpico Russo, e Johannes Klaebo, da Noruega, foram prata e bronze, respectivamente.
Manex foi o 83º atleta a largar dentre os 99 inscritos – dois não largariam e outros dois não completariam o percurso. Logo nas primeiras parciais o brasileiro caiu para a 87ª colocação, posição na qual ele cruzaria a linha de chegada com o tempo de 50min35s1, 12m40s3 a mais do que o campeão Niskanen. Outros três atletas que largaram depois dele, porém, foram mais velozes, jogando-o para o 90º lugar na classificação final.
Filho de mãe brasileira e pai espanhol, Manex ainda era criança quando a família trocou Rio Branco, no Acre, pelo País Basco. Com apenas 19 anos, ele já derrubou diversos recordes brasileiros e se tornou o melhor atleta sul-americano nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de 2020, em Lausanne. O resultado no sprint em Pequim 2022 foi o melhor de um brasileiro na história das Olimpíadas.
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Fonte: ge.globo.com
Fotografia: Wander Roberto/COB