médico de João Pessoa aparece agredindo ex-companheira
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Policial

Polícia solicita prisão preventiva de diretor técnico do Trauminha em caso de agressão contra mulher

Publicado em 11/09/2023 19h19

Nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil solicitou um mandado de prisão preventiva para o diretor técnico do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Trauminha, localizado em João Pessoa. O médico em questão, João Paulo Souto Casado, encontra-se sob investigação da Polícia Civil devido a alegações de agressão contra uma mulher.

Imagens que circularam pelas redes sociais no domingo (10), divulgadas pelo site Paraíba Feminina, mostram o médico envolvido em atos de agressão contra sua ex-companheira, em pelo menos duas ocasiões diferentes durante o ano de 2022.

Em uma declaração divulgada às 11h40, a defesa de João Paulo Souto Casado informou que ainda não teve acesso a possíveis processos criminais instaurados contra ele. Além disso, devido ao sigilo imposto devido a medidas protetivas, a defesa optou por não emitir comentários sobre o assunto neste momento.

Afastamento dos cargos

Após a divulgação das imagens nas redes sociais, a secretária interina de Saúde de João Pessoa, Janine Lucena, publicou nas redes sociais uma nota em que pediu o afastamento imediato do cargo do diretor técnico do Trauminha.

João Paulo também é Cabo Bombeiro Militar da Paraíba e médico atuante no Grupo de Resgate Aeromédico do Corpo de Bombeiros (Grame) e no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) informou que “repudia as agressões e se solidariza com a vítima, afastando, portanto, o servidor de sua função pública”. O secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, divulgou, no domingo, que afastou o servidor de ambas as funções no Trauma e no Grame.

O Corpo de Bombeiros informou, nesta segunda-feira, que um procedimento apuratório para investigar a conduta do médico, que é militar do CB desde 2005, vai ser aberto.

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) informou em nota que determinou a abertura de uma sindicância, considerando os artigos 23 e 25 do Capítulo IV do Código de Ética Médica. Os referidos artigos dizem respeito à “Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto”, e “Deixar de denunciar prática de tortura ou de procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis, praticá-las, bem como ser conivente com quem as realize ou fornecer meios, instrumentos, substâncias ou conhecimentos que as facilitem.”

Na tarde desta segunda-feira (11), o governador João Azevêdo prestou solidariedade à vítima em uma rede social. Na publicação do governador, ele ainda ressaltou que “violência contra a mulher é intolerável” e também “é crime”. Ele ainda reforçou que a Polícia Civil está investigando o caso e que o médico vai ser exonerado do Hospital de Trauma e investigado no Corpo de Bombeiros.