O policial militar reformado de 81 anos, detido em flagrante como suspeito do assassinato do professor de matemática Luecir Brito, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento na manhã desta terça-feira (12), em João Pessoa, quando questionado sobre sua relação com a vítima. Ele alegou não se lembrar do momento do crime e citou problemas psiquiátricos como justificativa, conforme relatado pelo delegado Diego Garcia, encarregado da investigação.

Segundo o delegado, o policial reformado, Antônio Francisco de Sales, afirmou fazer uso de medicamentos controlados devido aos seus problemas de saúde mental, porém não especificou a natureza desses problemas.

Durante o interrogatório, o suspeito permaneceu predominantemente em silêncio. “Disse que não lembra do momento do crime”, afirmou Diego Garcia.

Quanto aos supostos transtornos psiquiátricos, o delegado destacou que a defesa apresentou declarações, mas não apresentou laudos. Ele ressaltou a necessidade de investigação mais aprofundada, incluindo análises periciais para determinar a existência e gravidade dessas condições e sua relação com o crime.

A defesa do policial alega possuir laudos que comprovam os transtornos psiquiátricos do acusado. Ele permanece sob custódia.

A filha do professor, presente no momento do crime, ainda será ouvida pela polícia.

Assassinato na frente de escola

Luecir foi vítima do assassinato na frente de uma escola particular por volta das 7h, no bairro José Américo, em João Pessoa. Ele estava acompanhando sua filha até a escola, onde também era funcionário, quando foi surpreendido por cinco tiros.

O suspeito fugiu do local logo após o incidente, mas foi capturado duas quadras adiante por um agente da Polícia Civil que estava patrulhando a área.