Mulher é morta a tiros no Mangabeira Shopping; suspeito se rende após fazer reféns
Reprodução

Policial

Mulher é morta a tiros no Mangabeira Shopping; suspeito se rende após fazer reféns

Publicado em 12/01/2024 18h30

Uma mulher, gerente de um restaurante no Mangabeira Shopping, em João Pessoa, morreu após ter sido baleada enquanto trabalhava, no início da tarde sexta-feira (12). O suspeito, Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, também chegou a fazer reféns no local e se entregou após negociação com a polícia.

Segundo a polícia, a mulher se chamava Mayara Valeria Barros, tinha 37 anos e trabalhava no restaurante há poucos meses. A vítima recebeu os primeiros atendimentos na enfermaria do shopping, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Mayara Barros era gerente de um restaurante em shopping de João Pessoa e foi morta a tiros por homem que se sentiu rejeitado após entrevista de emprego

Além de ter atirado na gerente, o homem fez dois reféns. A Polícia Militar informou que o suspeito disse que a ação teve motivação pessoal, após ter sido rejeitado em uma entrevista de emprego.

Mulher foi baleada na praça de alimentação de shopping de João Pessoa, recebeu atendimento, mas não resistiu aos ferimentos e morreu

“Segundo ele, a gerente tinha dito que com uma semana ele receberia a resposta. Foi passando o tempo e aí ele tentando ligar para ela e ela não atendia. Ninguém dava uma resposta. Se ele tinha sido aprovado ou não”, explicou o coronel Marcos Benevides, que participou da negociação com o suspeito.

O policial explicou que o Luiz Carlos relatou que se sentiu discriminado por ser pobre.

“Ele diz que está desempregado, está sendo despejado daqui. Casa onde ele paga o aluguel, não tem a menor condição, e se sentiu discriminado por não ter uma resposta. E hoje, quando ele acordou, ele se sentiu diferente com aquele desejo de matar a mulher, a gerente. Quem conversou com ele viu que ele não estava em sã consciência. O que ele falava era algo assim de alguém que não estava normal”, disse.

De acordo com informações do delegado André Macedo, da Polícia Civil, o suspeito planejou durante a semana a ação no shopping. Ele já tinha a arma há algum tempo, segundo a polícia.

O suspeito vai responder por homicídio, tentativa de homicídio contra policiais, homicídio qualificado por motivo fútil e ainda há análise para colocar outras qualificadoras.

A polícia apreendeu o revólver .38 usado no crime, além de 38 munições intactas e seis deflagradas. Mayara foi atingida por dois tiros.

Um exame de corpo de delito vai ser feito no suspeito, e a audiência de custódia deve acontecer neste sábado (13).

Tiro e reféns em shopping

Após duas pessoas terem sido feitas reféns e negociação com o Grupo de Operações Táticas (Gate) da Polícia Militar, o suspeito se entregou à Polícia Militar.

A gerente foi atingida nas costas. Ela morreu no local quando recebia os primeiros atendimentos.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito disse que fez uma entrevista de emprego no estabelecimento do shopping, não obteve êxito e nenhuma outra resposta e sentiu-se menosprezado.

Uma testemunha que estava em uma academia no momento informou que o shopping foi fechado e as pessoas impedidas de sair, para que a polícia pudesse conter o suspeito que estava armado.

O Mangabeira Shopping emitiu uma nota em solidariedade à “perda irreparável” de Mayara e informou que o shopping vai permanecer fechado nesta sexta-feira (12) e só volta a abrir no sábado (13).

“Expressamos a nossa solidariedade à família de Mayara e estamos oferecendo todo o suporte necessário à sua familia neste momento tão difícil”, diz a nota.

Inicialmente, as informações no local eram de que a mulher estava grávida, mas o marido dela confirmou à polícia que ela não estava grávida.