Caso Mariana Thomaz: júri de Johannes Dudeck avança com depoimentos
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Justiça - Policial

Caso Mariana Thomaz: júri de Johannes Dudeck avança com depoimentos

Publicado em 16/11/2023 19h22

Às 09h15 desta quinta-feira (16), teve início o Júri Popular de Johannes Dudeck, acusado pelo Ministério Público da Paraíba de assassinar a estudante de medicina Mariana Thomaz em março do ano passado, em João Pessoa. O julgamento ocorre a portas fechadas, sem a presença da imprensa.

De acordo com informações divulgadas pelo juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, o Conselho de Sentença, composto por três homens e quatro mulheres, foi sorteado.

Por volta das 09h50, a denúncia do Ministério Público foi lida para as testemunhas, declarantes e o réu, Johannes Dudeck. Em seguida, iniciou-se o interrogatório das testemunhas indicadas pela Promotoria, sendo o delegado Joames Eugênio de Oliveira o primeiro a prestar depoimento, seguido por Rayane Barbosa Anacleto de Arruda, amiga da vítima.

O julgamento foi interrompido por volta das 12h para o almoço e deverá ser retomado em breve, continuando o depoimento das testemunhas. Às 13h20, o júri foi reiniciado, sendo a primeira testemunha da tarde Fábio Gustavo Tomaz de Oliveira, irmão de Mariana.

O boletim divulgado às 15h anunciou a conclusão dos depoimentos das testemunhas indicadas pelo Ministério Público, seguido pelos depoimentos das testemunhas indicadas pela defesa. A enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Munique França Lira foi a primeira a ser interrogada.

Os depoimentos da defesa foram concluídos por Alexon Onassis Queiroz da Silva e o advogado Alberi Espíndula, atuando como assistente técnico defensor.

Em comunicado, o advogado de acusação, Gefferson Michel, informou que os jurados decidiram prosseguir sem interrupção até que a sentença seja anunciada. Após os depoimentos, Johannes Dudeck teve a oportunidade de se pronunciar e, ele negou as acusações.

O caso

O episódio envolvendo Mariana Thomaz teve início em 12 de março de 2022, quando a polícia foi alertada por Johannes Dudeck, o réu, que relatou convulsões da estudante. Diante de indícios de esganaduras durante a investigação, Johannes foi detido no local e posteriormente encaminhado a uma prisão especial em João Pessoa. O resultado conclusivo do inquérito apontou os crimes de feminicídio e estupro, conforme revelado pelo laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), um exame realizado para verificar possíveis evidências de violência sexual.