Antes de matar irmã, PM agrediu outra irmã, grávida, e deu tiros para o alto ao ser barrada em bar
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Antes de matar irmã, PM agrediu outra irmã, grávida, e deu tiros para o alto ao ser barrada em bar

Publicado em 04/07/2022 10h52

A PM Rhaillayne Oliveira de Mello, presa em flagrante pelo próprio marido após matar uma das irmãs dela, Rhãyna, a tiros na manhã de sábado (2), tinha agredido outra irmã, grávida, horas antes do crime. Ela também atirou para o alto ao ser barrada num bar.

O incidente foi em um posto de gasolina no bairro Camarão, em São Gonçalo, depois de uma briga. Parentes da policial militar afirmam que ela já estava bêbada horas antes do assassinato. Neste domingo (3), Rhaillayne teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Segundo o marido de Rhaillayne, o também policial militar Leonardo de Paiva Barbosa, a mulher saiu de casa entre 20h30 e 21h para uma festa de uma tia. Na saída, Rhaillayne pegou um carro de aplicativo com outra irmã, Thaillayne, e a mãe, Patrícia — Rhãyna ainda não estava com elas.

“A briga começou no retorno da festa de família (…). O motivo foi o comportamento de Rhaillayne com o motorista de Uber, uma vez que ela o considerou suspeito, e Patrícia e Thaillayne teriam repreendido”, narra o termo de declaração de Leonardo.

Rhãyna foi morta pela irmã — Foto: Reprodução

Gabriel de Souza Motta, pai do filho de Thaillayne e cunhado de Rhãyna e de Rhaillayne, contou que estava com Rhãyna em um bar quando ela foi avisada da briga no carro de aplicativo.

“Rhãyna chegou a mostrar uma foto, daquelas que o app só permite uma visualização apenas, de Thaillayne com diversos arranhões”, diz o depoimento do cunhado.

Apesar disso, já na madrugada do crime, Rhãyna recebeu uma mensagem de Rhaillayne convidando-os para beber. Eles encontraram Rhaillayne “bebendo sozinha e mostrando sinais de que estaria sobre efeito de álcool”.

Rhaillayne foi presa em flagrante — Foto: Reprodução/TV Globo

“Quando o bar fechou, Rhaillayne quis retornar ao estabelecimento para usar o banheiro, mas foi impedida pelos funcionários e pelo proprietário do bar”, narrou Gabriel. “Rhaillayne tentou forçar a entrada e intimidar o proprietário do bar e chegou a dar um tiro para o alto”, destacou.

Depois que saíram do bar, todos foram para um posto de gasolina. “Diante do comportamento de Rhaillayne, Rhãyna chegou a ligar para Leonardo para que levasse a PM para casa”, disse.

“Rhaillayne e Rhãyna se desentenderam e começaram a discutir. Leonardo chegou no posto e tentou acalmar a situação; mesmo assim, a briga entre as duas piorou”, prossegue o termo.

“Rhaillayne agrediu Rhãyna primeiro, desferindo-lhe um soco no cabeça; Rhãyna revidou, agredindo Rhaillayne ao ponto dela se desequilibrar e cair no chão. No momento em que Rhaillayne começou a levantar, ela sacou a sua pistola da cintura e começou a disparar na direção de Rhãyna”, detalhou.

Rhaillayne errou os primeiros disparos, mas conseguiu acertar Rhãyna, que caiu no chão ferida e sangrando, morrendo instantes depois.

Rhaillayne é policial do 7°BPM e foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói.