pastora presa em SC apontada por golpe
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Policial

Pastora natural de Patos é presa em esquema que prometia ‘Octilhão’ de reais a fiéis

Publicado em 21/09/2023 17h46

Maria Aparecida Gomes Barbosa, de 63 anos, foi detida em Santa Catarina sob suspeita de participar de um esquema fraudulento que afetou mais de 50 mil pessoas no Brasil e no exterior, prometendo a fiéis ganhos astronômicos na casa do “octilhão” de reais.

A religiosa, natural de Patos, na Paraíba, foi encontrada na residência de sua filha em Jaraguá do Sul, no Norte do estado, na quarta-feira (20). A polícia acredita que ela mantinha uma relação próxima com o pastor Osório José Lopes Júnior, suspeito de liderar o grupo, desempenhando um papel administrativo no esquema. O pastor está sendo procurado pela polícia.

De acordo com as investigações, o grupo era formado por pastores que convenciam os frequentadores de suas igrejas de que seriam agraciados com grandes fortunas. Eles baseavam suas promessas em uma teoria conspiratória denominada “Nesara Gesara” e alardeavam lucros estratosféricos, alcançando até um “octilhão” de reais.

As investigações também apontam que o grupo movimentou R$ 156 milhões ao longo de 5 anos, além de criar 40 empresas fictícias e operar mais de 800 contas bancárias suspeitas.

A prisão de Maria Aparecida ocorreu em Santa Catarina depois que a Polícia Civil do Distrito Federal recebeu informações de que ela estaria na casa da filha. Inicialmente, o mandado de prisão deveria ser cumprido no Distrito Federal.

O esquema fraudulentamente utilizava redes sociais para enganar suas vítimas, convencendo-as a investir suas economias em operações financeiras falsas ou projetos fictícios de ações humanitárias. O grupo contava com cerca de 200 membros, incluindo muitos pastores, e prometia retornos financeiros “imediatos e astronômicos”.

Eles chegaram a prometer que, com um depósito de apenas R$25, as pessoas receberiam de volta a quantia de um octilhão de reais, ou que investir R$2 mil resultaria em um ganho de 350 bilhões de centilhões de euros, de acordo com as investigações.

Além disso, os suspeitos criavam empresas fictícias para simular instituições financeiras digitais com um capital social declarado alto, a fim de dar uma aparência de legitimidade às operações financeiras. As vítimas eram levadas a assinar contratos falsos, com promessas de liberação de fundos que supostamente estavam registrados no Banco Central e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).