Padrasto confessa que matou Júlia e ainda revelou onde escondeu o corpo a adolescente
Reprodução / Redes sociais

Policial

Padrasto confessa que matou Júlia e ainda revelou onde escondeu o corpo a adolescente

Publicado em 12/04/2022 13h26

A Polícia Civil da Paraíba prendeu nesta terça-feira(12), Francisco Lopes, o padrasto da vítima investigado pela morte da adolescente Júlia dos Anjos Brandão, de 12 anos de idade, que estava desaparecida desde a última quinta-feira, dia 07. O corpo dela foi encontrado boiando em uma cacimba, no bairro de Gramame, em João Pessoa. O padrasto da vítima confessou ter matado a enteada.

Ele já havia sido ouvido pela Polícia Civil, acerca do fato, assim como outros membros da família de Júlia. No decorrer das investigações, a Polícia Civil fortaleceu as suspeitas sobre o investigado, que, ao ser novamente interrogado hoje, acabou confessando o crime e levando os investigadores até o local onde estava o corpo.

O padrasto Francisco Lopes, Júlia Araújo, a mãe Josélia Araújo e o irmão

A Polícia Civil, por meio do Instituto de Polícia Científica, está realizando exames periciais pertinentes ao caso, para confirmar se o corpo indicado pelo padrasto é mesmo o de Júlia.

A prisão do investigado foi comunicada à justiça.

Entenda o caso

Júlia Araújo, de 12 anos, desapareceu de um condomínio residencial no bairro de Gramame, em João Pessoa, no dia 7 de abril. Segundo familiares, Júlia saiu de casa somente com o celular. Os parentes da adolescente acreditavam que ela havia sido raptada ou induzida a sair de casa por algum estranho.

O padrasto chegou a enviar uma mensagem de áudio para familiares e amigos para fazer um mutirão em busca da adolescente.

A principal linha de investigação apontava para uma pessoa no Instagram. Esse perfil se apresentou à adolescente pela rede social e ofereceu serviço de marketing digital. A mensagem da suposta consultora prometia um aulão gratuito a Júlia e dizia que a adolescente poderia ganhar dinheiro com a internet.

O delegado Rodolfo Santa Cruz descartou nesta terça-feira (12) essa suspeita porque a pessoa foi localizada, tem endereço e contatos ativos e está em outro estado.

De acordo com a Polícia Civil, a última pessoa que viu a adolescente em casa foi o padrasto, Francisco Lopes. Ele informou às autoridades que, a pedido da esposa, Josélia Araújo, foi até o quarto de Júlia por volta das 6h40 do dia 7 de abril para verificar se ela já havia levantado. Segundo o padrasto, a adolescente dormia. Francisco teria saído para trabalhar logo em seguida. Ainda conforme as investigações, a mãe de Júlia se levantou por volta das 9h e percebeu que a menina não estava em casa.

Desde então, parentes se mobilizaram nas buscas por Júlia. O pai dela, Jeferson Brandão, que mora no Paraná, veio a João Pessoa com a atual companheira e uma tia da adolescente. A mãe dela, que está grávida de dois meses, também participou da procura por Júlia. Os familiares da menina percorreram diversos bairros e áreas de mata na Capital.