Maria Thomaz Foto---Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Justiça

Defesa de Johannes Dudeck solicita novo adiamento do júri popular

Publicado em 01/11/2023 18h42

A defesa do empresário Johannes Dudeck, acusado de matar e estuprar a estudante Mariana Thomaz, solicitou novo adiamento do júri popular, marcado para o dia 9 de novembro, no Fórum Criminal de João Pessoa. O réu será julgado por feminicídio e estupro contra a estudante, crime ocorrido em março de 2022.

No novo pedido, o advogado do réu alega que irá participar de um congresso em Minas Gerais. O julgamento já foi adiado anteriormente, quando deveria ocorrer em 20 de setembro, mas o advogado do acusado apresentou um atestado médico, informando que não poderia comparecer ao julgamento.

Para a promotora Artemise Leal, o adiamento do júri é uma estratégia da defesa para atrasar o julgamento, e irá comunicar o fato à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB).

“O juiz marcou essa data do dia 9, a pedido do advogado, ele disse que estava doente e sugeriu essa data. Na data de ontem, ele disse que participará de um congresso e manejou mais um pedido de adiamento. Ou seja, o advogado já vem dando caso ao segundo adiamento de um júri”, explicou Artemise.

A promotora disse ainda que o adiamento é um desrespeito com todos os envolvidos.

“É um processo de réu preso, portanto é prioritário. Além disso, é um desrespeito à Justiça, ao assistente de acusação e aos familiares da vítima, que são de outro Estado, que estão de passagens aéreas compradas para essa data”, disse.

O Ministério Público da Paraíba é contra o adiamento e solicitou à Justiça que o julgamento aconteça ainda em novembro.

O MPPB solicita ainda, que se a defesa solicitar o adiamento pela terceira vez, o réu seja intimado para contratar outro advogado, e se não fizer, que seja nomeado um defensor público.

O advogado de defesa de Johannes, Aécio Farias, informou através de nota, que por ser presidente da Comissão do Tribunal do Júri da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM-PB), irá participar de um congresso nacional da instituição marcado, coincidentemente, para o mesmo dia.

“O pedido de adiamento foi acompanhado de autorização expressa do réu, além de demonstração de que, recentemente, foram adiadas diversas audiências para que representantes do Ministério Público fossem assistir palestras”, explicou a defesa.

O advogado informou ainda, que concorda com a remarcação do júri para o mês de novembro.