Johannes Dudeck presta depoimento da audiência de instrução — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
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Justiça

Caso Mariana Thomaz: júri popular de Johannes Dudeck é adiado novamente na Paraíba

Publicado em 06/11/2023 19h10

O júri do empresário Johannes Dudeck, acusado de envolvimento na morte da estudante Mariana Thomaz, foi adiado pela segunda vez pela Justiça da Paraíba. Inicialmente programado para 9 de novembro, o adiamento foi solicitado pelo advogado de defesa do réu, Aécio Farias, em virtude de sua participação em um evento da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM-PB) em Minas Gerais, marcado para a mesma data.

A nova data do julgamento foi remarcada para os dias 16 e 17 de novembro, a ser realizada no Fórum Criminal de João Pessoa. O caso envolve acusações de feminicídio e estupro contra a estudante, ocorridos em março de 2022.

Anteriormente, o julgamento já havia sido adiado quando deveria ter ocorrido em 20 de setembro, devido a um atestado médico apresentado pelo advogado de defesa, impedindo sua presença.

A promotora Artemise Leal manifestou-se contrária ao novo adiamento, pedindo à Justiça que o julgamento acontecesse ainda em novembro. Ela enfatizou a importância de uma rápida resolução, destacando que o atraso prolongado resulta em impunidade e gera um sentimento de insegurança, especialmente em casos de feminicídio.

Artemise Leal também ressaltou a relevância do julgamento para a família, mencionando a necessidade de encerrar esse capítulo doloroso e prosseguir com suas vidas, independentemente do desfecho do júri.

“Independente do resultado do Júri, a família precisa encerrar esse capítulo do livro da vida e começar a escrever o próximo. Ressignificar a perda e seguir a vida. Todos os relatos que tenho dos familiares de vítimas, após os júris, eles sentem que uma nova fase da vida está iniciando e a família seguindo o fluxo natural da vida. Eles enterram o familiar ali (no julgamento), mesmo quando há absolvição dos réus. Quando isso ocorre eles falam: ‘da justiça divina, ele (réu) não escapa’. É como se eles tivessem a necessidade de que o julgamento ocorresse”, afirmou a promotora.