João Vitor, de 18 anos, morto a tiros dentro de uma escola em João Pessoa
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Policial

Preso possível alvo de atiradores que mataram estudante em João Pessoa

Publicado em 27/07/2022 09h53

Foi preso por tentativa de homicídio, na tarde desta terça-feira (26), o jovem João Victor Batista de Souza, de 21 anos. Ele seria o alvo do crime que tirou a vida do estudante João Vitor Fontes da Silva, que aconteceu no dia 1º de junho, dentro da Escola Cidadã Integral Cineasta Linduarte Noronha, no bairro de Gramame, em João Pessoa. O principal suspeito de matar o estudante foi preso no dia 19 de julho.

De acordo com a delegada Luísa Correia, uma das linhas de investigação da morte de João Vitor é a de que o estudante foi morto por engano por pessoas que procuravam executar outra pessoa, parecida com João Vitor e com o mesmo nome, possivelmente por questões envolvendo facções criminosas do bairro do Gramame.

A delegada explicou que o suspeito preso na terça-feira tem o apelido de “Vitinho Neymar”, e o estudante João Vitor, que foi morto na escola, em junho, também era jogador de futebol. “Ele [o Vitinho Neymar] tem um time de futebol que organiza dentro do condomínio onde reside, e é conhecido como um excelente jogador. Ele também tem as mesmas características físicas do João Vitor, estudante que foi assassinado, o que pode ter levado este executor a erro”, disse Luísa.

Conforme a delegada, “Vitinho Neymar” é suspeito de integrar uma facção criminosa que é rival de outro grupo, e que os ataques entre membros das duas organizações criminosas são constantes. “Em uma destes ataques, o Vitinho jogador teria sido assassinado no lugar deste “Vitinho Neymar”. Esta morte por engano é uma das linhas de investigação, e diante dos depoimentos que chegam e da análise dos vídeos e provas técnicas, a gente já tem um indivíduo que foi identificado e estamos fazendo a verificação se ele teria sido um dos executores”, explica.

Outras três pessoas que estão sendo ouvidas no inquérito sobre a morte de João Vitor já foram presas. Um homem de 41 anos e os filhos dele já haviam sido presos neste mês de julho. Os filhos teriam sido presos na condição de suspeitos de invadir a escola e executar o jovem. Já o homem seria suspeito de ser o mandante do crime. A defesa dele, à época, negou o fato e disse que ele foi preso por outro crime e foi ouvido na condição de declarante no caso de João Vitor.

“Estas pessoas continuam detidas, e nos depoimentos, eles têm a mesma fala que este “Vitinho Neymar.” Eles pertencem ao mesmo grupo e aguardamos agora as provas periciais que vão ser decisivas para conclusão do inquérito”, completou a delegada.

Através da troca de informações entre as Polícias Militar e Civil, as equipes encontraram o acusado, que estava escondido na casa de familiares. Ele estava com um mandado de prisão expedido pelo 2º Tribunal do Júri da Capital e responde por crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma e homicídios.