Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
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Corpo da juíza Mônica de Oliveira é velado em capela de Belém-PA e deve ser trazido à Paraíba, onde vive a família

Publicado em 18/05/2022 10h31

O corpo da juíza Mônica de Oliveira foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) por volta das 4h desta quarta-feira (18) e é velado em uma capela na rua Domingos Marreiros, no bairro do Umarizal, em Belém-PA.

Corpo de juíza é velado em Belém-PA e será enviado à Paraíba. — Foto: Mônica Chagas / TV Liberal

A magistrada foi encontrada morta dentro do carro e levada até a delegacia em Belém-PA pelo marido, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior. Ele afirmou que a morte foi suicídio em “momento de fraqueza”.

Segundo uma parente da juíza na capital do Pará, a família está preparando traslado do corpo para Campina Grande-PB, onde deve ocorrer o velório. O enterro está previsto para ocorrer no mesmo dia, na cidade de Barra de Santan-PB. Ela deve ser sepultada ao lado do túmulo dos pais.

A parente também informou que foi feito o reconhecimento e autorização da preparação para envio para o outro estado. Até por volta das 9h, a família ainda estava providenciando o envio.

A Polícia Civil disse que o caso já foi encaminhado à Justiça.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) divulgou uma nota informando que o promotor de justiça Luiz Márcio Cypriano, da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial de Belém (PJCEAP), vai acompanhará o inquérito policial instaurado para apurar o caso.

O promotor foi designado pelo Procurador-Geral de Justiça, Cesar Mattar Jr., ainda na terça-feira (17).

Já a Associação dos Magistrados do Pará (Amepa) lamentou a morte da juíza e disse que ela atuava na 38ª Zona Eleitoral de Martins, no estado do Rio Grande do Norte.

Em nota, a Amepa ainda pontua que o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, esposo da juíza e quem levou o corpo até a Divisão de Homicídios, é associado da entidade.

“Ao mesmo tempo em que aguarda o isento e total esclarecimento dos fatos pelas autoridades competentes, a Amepa apresenta sinceras condolências ao associado e aos familiares e amigos da falecida”, afirma.

Entenda o caso

Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira foi encontrada morta em um carro estacionado no prédio onde morava com o marido, em Belém-PA.

Corpo de juíza é encontrado em carro em Belém-PA. — Foto: Reprodução / TV Liberal

Segundo o marido, os dois possuíam residência em Campina Grande-PB e em Belém-PA e se dividiam entre as duas capitais, já que Mônica Andrade era juíza na cidade de Martins, no Rio Grande do Norte.

“Nós moramos aqui e em Campina Grande-PB, ela vem para cá, eu vou para lá, e assim sucessivamente. Nesse momento ela estava aqui”, conta.

O corpo da vítima apresentava um ferimento causado por arma de fogo e foi levado pelo próprio marido à delegacia.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) registrado por José Augusto, por volta das 22h30 da segunda-feira (16), os dois tiveram uma discussão momentos antes da juíza descer. Consta no BO que o juiz contou que “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento”.

Ainda em depoimento à polícia, ele disse que “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” dele, que “sempre fica guardada dentro do carro”.

Mônica Andrade era juíza na cidade de Martins, no Rio Grande do Norte, e estava com frequência em Belém, segundo os familiares. A magistrada era natural de Barra de Santana, na Paraíba.

Eles estavam casados há dois anos. A juíza deixa dois filhos do primeiro casamento.

Investigação

A Polícia Civil do Pará informou que o caso é investigado pela Divisão de Homicídios e que “está adotando todas as medidas cabíveis para a elucidação do ocorrido”. A Polícia Científica foi acionada para a remoção do corpo.

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) disse que ainda não vai se manifestar sobre o caso.

Segundo uma parente da juíza na capital do Pará, a família está preparando traslado do corpo para a Paraíba, onde ele deve ser velado e enterrado.