Acusado de matar Paulo Damião em briga de trânsito diz teria interpretado os movimentos do taxista como uma possível ameaça
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Acusado de matar Paulo Damião em briga de trânsito diz teria interpretado os movimentos do taxista como uma possível ameaça

Publicado em 23/03/2022 21h02

O corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia disse à juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho que desceu do carro em que estava e foi até o veículo do taxista Paulo Damião – morto a tiros após uma discussão de trânsito em 2019 – para “amenizar a situação”. O julgamento começou nesta quarta-feira (23) e é transmitido pela internet, no canal do Youtube do Tribunal de Justiça da Paraíba.

“Me prostrei no carro de Damião na porta. Ele me chamou de safado. Eu disse que safado era ele. Foi tanto que eu coloquei o dedo no rosto dele […]. Me prostrei no carro justamente pra dizer que eu morava ali [perto] e que eu queria passar”, disse.

“Ele estava irritado. Foi dito aqui que Paulo Damião é calmo. Eu também sou calmo. Eu fui até ele para dizer que morava ali perto e queria passar. Ele me chamou de safado. Eu disse que safado era ele: ‘Safado é você’. Ele botou a mão dentro dos bancos. Ele fez um ‘caquiado’. Com a mão esquerda ele subiu o vidro. A ameaça partiu de Paulo Damião. O primeiro a fazer um caquiado foi ele”, disse Gustavo Teixeira no depoimento.

Imagens de câmera de segurança flagraram o momento do crime na época do caso (assista abaixo). A discussão durou apenas nove segundos.

Gustavo alega que, antes disso, não houve tempo para que ele conseguisse pedir passagem à vítima. Nesse momento, teria interpretado os movimentos do taxista como uma possível ameaça e, por isso, tentou atingir o braço dele.

“Qual seria o motivo que eu teria de matar um homem que eu nunca tinha visto na minha vida? Eu só disparei depois que o vidro fechou. Minha intenção era neutralizar o braço dele”. Ao todo, foram seis tiros disparados contra o taxista.

Gustavo Teixeira Correia é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Ele também vai ser julgado por porte ilegal de arma. Ao todo, foram seis tiros disparados contra a vítima.