Johannes Dudeck é condenado a 32 Anos por feminicídio qualificado e estupro contra Mariana Thomaz
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Justiça

Johannes Dudeck é condenado a 32 Anos por feminicídio qualificado e estupro contra Mariana Thomaz

Publicado em 17/11/2023 19h01

Johannes Dudeck foi condenado a 32 anos de prisão por feminicídio qualificado e estupro cometidos contra a estudante cearense Mariana Thomaz em março de 2022. A sentença foi anunciada ao final da tarde da última sexta-feira (17) após um julgamento que se estendeu por dois dias no 1º Tribunal do Júri de João Pessoa.

A condução do julgamento ficou a cargo do juiz Antônio Ribeiro Gonçalves Júnior, e os jurados foram selecionados por sorteio no início da sessão. O júri, composto por três homens e quatro mulheres, foi realizado no Fórum Criminal de João Pessoa após dois adiamentos solicitados pela defesa.

A defesa de Dudeck anunciou a intenção de recorrer da decisão.

No decorrer do interrogatório, Johannes Dudeck optou por não responder às perguntas apresentadas pelo Ministério Público. O julgamento ocorreu a portas fechadas, e a Justiça fornecia boletins à imprensa a cada três horas, informando sobre o andamento do processo.

No primeiro dia do julgamento, seis testemunhas foram ouvidas na audiência, sendo três indicadas pelo Ministério Público e três pela defesa. O réu foi o último a prestar depoimento.

A defesa de Johannes Dudeck afirmou que não teve acesso ao processo antes do julgamento. Segundo o advogado, mídias com aproximadamente 10 horas de duração não foram entregues à defesa desde o início do processo. “Por que a defesa não teve acesso a isso antes? A pergunta que se faz é essa. Por qual motivo? O que há a esconder da defesa?”, questionou o advogado.

Na manhã da sexta-feira (17), a defesa de Johannes Dudeck chegou a solicitar a absolvição do acusado.

O caso

Mariana Thomaz foi morta por esganadura. — Foto: Arquivo pessoal

Em 12 de março de 2022, o corpo de Mariana Thomaz foi descoberto em um apartamento na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, apresentando sinais de estrangulamento. A polícia chegou ao local após uma ligação de Johannes Dudeck, o acusado, que relatou convulsões por parte de Mariana.

A perícia identificou evidências de esganaduras, levando à prisão de Johannes no local do ocorrido. Inicialmente encaminhado a um presídio especial em João Pessoa, devido à alegação de possuir curso de nível superior, o acusado não apresentou a documentação comprobatória. Em setembro de 2022, a Justiça determinou sua transferência para o presídio do Roger.

Mariana Thomaz, natural do Ceará e com 25 anos, estava na Paraíba para cursar medicina. Conforme informações da Polícia Civil, ela mantinha um relacionamento com o acusado havia aproximadamente um mês.