Bombardeio israelense em escolas deixa 30 mortos em Gaza
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Internacional

Bombardeio israelense em escolas deixa 30 mortos em Gaza

Publicado em 04/08/2024 19h20

Neste domingo (4), um bombardeio israelense na Faixa de Gaza atingiu duas escolas, resultando em pelo menos 30 mortes e 50 feridos. As escolas, localizadas em um complexo de ensino, abrigavam milhares de civis deslocados pela guerra, de acordo com a Defesa Civil palestina.

Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, informou que “ao menos 30 mártires e 50 feridos, principalmente mulheres e crianças, foram levados para o Hospital Batista após um ataque israelense com foguetes que teve como alvo as escolas.”

Nebal Farsakh, da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, destacou a gravidade da situação, afirmando que “não há lugar seguro em Gaza.” Ela descreveu cenas de desespero, com “mulheres gritando” enquanto procuravam por seus filhos entre os escombros.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram que as escolas estavam sendo usadas “como esconderijo”. Segundo o Exército, medidas foram tomadas para minimizar os riscos para civis, incluindo o uso de munições precisas e inteligência adicional, que não resultaram em nada já que o total de mortos e feridos é constituído de civis indefesos.

Mesmo diante de um novo e brutal equivoco, as FDI alegam que o Hamas utiliza infraestruturas civis como “escudo humano”. O ataque deste domingo ocorreu um dia após outro bombardeio israelense que matou 17 pessoas em um complexo escolar em Hamama, também em Gaza.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro do ano passado, a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza já resultou em mais de 39,5 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O conflito também gerou uma crise humanitária com milhares de civis deslocados.

Na madrugada deste domingo, o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou dezenas de foguetes contra o norte de Israel, aumentando as tensões na região. Em resposta, o Exército israelense atacou as posições de onde os mísseis foram lançados.

Com a escalada do conflito, países como Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, França e Jordânia pediram que seus cidadãos deixassem o Líbano imediatamente. O Canadá também recomendou que civis canadenses evitassem viagens a Israel.