Proposta do Orçamento de 2023 prevê redução nos recursos do programa Casa Verde Amarela
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Economia

Proposta do Orçamento de 2023 prevê redução nos recursos do programa Casa Verde Amarela

Publicado em 16/09/2022 13h17

A proposta de orçamento para o ano de 2023, enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional no fim de agosto, prevê R$ 34,1 milhões para o programa Casa Verde e Amarela – principal programa de construção de moradias populares do governo. O valor é 95% menor do que o empenhado em 2022.

Hoje, a dotação do programa está em R$ 665,1 milhões – quantia já considerada insuficiente para a construção de novas habitações, segundo avaliação do Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelo Casa Verde e Amarela.

“Devido ao cenário de restrição orçamentária de recursos da União, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) priorizou o pagamento das obras já contratadas, bem como a retomada das obras dos residenciais paralisados, que somam 115 mil moradias retomadas”, informou a pasta.

O Casa Verde e Amarela foi uma iniciativa do governo Jair Bolsonaro (PL) para substituir o Minha Casa, Minha Vida, programa criado em 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além do orçamento federal, o programa também conta com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas os repasses da União para o Casa Verde e Amarela representam a maior fatia.

Questionado sobre a redução do orçamento do programa, o Ministério da Economia admitiu que “os recursos previstos ficaram aquém da necessidade e da vontade do Governo Federal”, mas argumentou que a definição do valor final caberá ao Congresso Nacional, durante a votação do orçamento.

Conforme o último levantamento da Fundação João Pinheiro, que aconteceu em 2019, o déficit habitacional no Brasil se aproximava de 6 milhões de moradias. Na Paraíba, essa problemática era de 132.383.

Entre 2019 e 2022, o Governo Federal entregou 1,4 milhão de casas. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, todas elas foram subsidiadas para o grupo mais vulnerável ainda por conta de contratos firmados antes de 2018.