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Economia

Programa de compra de carros com desconto será estendido

Publicado em 28/06/2023 16h39

O programa de incentivo à compra de veículos será prorrogado devido à iminente escassez de recursos. Nesta quarta-feira (28), a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda confirmou que o desconto será estendido a empresas compradoras. O ministro Fernando Haddad, em entrevista ao programa de televisão da jornalista Miriam Leitão, também confirmou essa informação, que foi adiantada na internet pela jornalista.

Haddad revelou que a demanda por carros mais econômicos e menos poluentes superou as expectativas das montadoras e do governo, levando praticamente ao esgotamento dos recursos disponíveis para o programa. Consequentemente, o ministro anunciou que uma nova linha de subsídios será lançada em breve.

Originalmente, a participação de empresas, como locadoras de veículos, no programa de compra de carros seria encerrada no dia 20, mas a exclusividade para pessoas físicas foi prorrogada por mais duas semanas. Já para a compra de ônibus e caminhões, a exclusividade terminou no dia 21, permitindo que as empresas adquiram esses veículos com desconto.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), dos R$ 500 milhões em crédito tributário destinados à compra de carros, R$ 420 milhões já foram utilizados, o que corresponde a 84% do total. Algumas montadoras já esgotaram suas cotas de crédito. A Volkswagen, por exemplo, suspendeu a produção de carros no Brasil alegando estagnação do mercado e excesso de veículos estocados. Segundo o MDIC, a montadora recebeu R$ 60 milhões em créditos tributários.

Em relação aos subsídios para veículos pesados e de passageiros, os valores executados permaneceram inalterados desde a semana passada. Para a venda de caminhões, foram concedidos R$ 100 milhões em crédito, o que representa 14% dos R$ 700 milhões disponíveis. Já para a venda de ônibus, foram utilizados R$ 140 milhões em crédito, de um total de R$ 300 milhões disponíveis.

O programa de renovação da frota é financiado por meio de créditos tributários, que consistem em descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento de tributos futuros, totalizando R$ 1,5 bilhão. Em contrapartida, a indústria automotiva se comprometeu a repassar a diferença ao consumidor.

Está previsto o uso de R$ 700 milhões em créditos tributários para a venda de caminhões, R$ 500 milhões para carros e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O programa tem uma duração inicial de quatro meses, mas pode ser encerrado antecipadamente caso os créditos tributários se esgotem.

Para compensar a perda de arrecadação, o governo planeja reverter parcialmente a desoneração sobre o diesel, que estava em vigor até o final do ano. A partir de setembro, após um período de noventena estabelecido pela Constituição para o aumento de contribuições