Botijões de gás de cozinha. Foto---Pedro Ventura / Agência Brasil.
Pedro Ventura/Agência Brasil.

Economia

Petrobras reduz preço do gás de cozinha em 4,7%

Publicado em 12/09/2022 18h54

Petrobras anunciou nesta segunda-feira (12) a redução, em 4,7%, do preço do GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha vendido em botijão. Segundo a estatal, o preço médio cobrado das distribuidoras pela estatal passa de R$ 4,23 por quilo para R$ 4,03 por quilo a partir de terça-feira (13) – equivalente a R$ 52,34 por 13 quilos (o peso do conteúdo do botijão comum).

A empresa afirmou que a redução “acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

O último ajuste no gás de cozinha foi feito pela Petrobras em 9 de abril deste ano. Naquele dia, o gás caiu de R$ 4,48 para R$ 4,23 por quilo, com o botijão de 13 quilos valendo R$ 54,94. A queda média de preço para o botijão foi de R$ 3,27.

No início de setembro, a estatal anunciou um corte de 7% no preço de venda da gasolina para distribuidoras, que passou de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução R$ 0,25. A redução foi a quarta consecutiva em menos de dois meses.

Como funciona a política de preços da Petrobras?

Implementada em 2016, a política de preços usada pela Petrobras leva em consideração alguns fatores, mas o principal é a variação internacional nos preços, que acompanha as cotações do petróleo e do gás natural.

Além disso, a cotação do dólar em relação ao real é levada em consideração. A Petrobras possui custos em dólar, e a cotação de commodities a nível internacional é baseada na moeda norte-americana.

Quanto maior a valorização da moeda, maior tende a ser o preço, aumentando a chance de um reajuste ser demandado.

Isso não significa que toda variação no preço do petróleo ou na cotação do dólar é repassada imediatamente nos preços.

A Petrobras não tem uma periodicidade fixa nos reajustes, mas a estatal afirma que busca evitar que variações pontuais sejam repassadas, ou que períodos de volatilidade, um sobe e desce nos preços, entrem na consideração do reajuste.

Desde 2021, por exemplo, o petróleo e o gás natural entraram um movimento de forte valorização devido a um descompasso de oferta e demanda gerado pela pandemia. O cenário piorou em 2022 com a guerra na Ucrânia, mas teve um leve alívio conforme crescem as apostas em uma recessão global, o que reduziria a demanda atual.

Já o dólar passou a maior parte de 2020 e 2021 acima dos R$ 5, com um período mais extenso de cotação abaixo desse valor no primeiro trimestre de 2022 e um novo período de queda no terceiro trimestre.

Os valores dos produtos como o gás de cozinha, o diesel e a gasolina levam em conta ainda os tributos federais e o ICMS, que é estadual.