Cultivo de algodão colorido
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Cultura

Algodão colorido é declarado patrimônio cultural imaterial da Paraíba

Publicado em 02/06/2022 11h36

O algodão colorido se tornou patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba. A lei, de autoria do deputado Chió (Rede) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (2).

Na justificativa da lei, o deputado explica que o algodão colorido, natural, tem as fibras curtas e fracas, que, por isso, não podem ser usadas na fabricação de fios e de tecidos. Por causa disso, os pesquisadores da Embrapa Algodão pesquisaram e trabalharam bastante para melhorar a sua resistência e aumentar o comprimento de suas fibras.

“Como resultado, houve a retomada da cotonicultura na região do semiárido no Nordeste, já desaparecida depois do bicudo-do-algodoeiro, praga que dizimou as plantações. O cultivo de algodões coloridos recuperou a economia do interior do estado da Paraíba, desde a agricultura familiar, até as associações de tecelãos que usam essa fibra para produzir peças artesanais”, diz a justificativa.

A lei se apresenta, portanto, diante da importância histórica, cultural e econômica do algodão colorido.

Naturalmente colorido

Há mais de 20 anos, a Embrapa foi a primeira a cultivar o algodão colorido, com o objetivo de oferecer alternativas de renda para os agricultores do Semiárido, além de contribuir para a preservação ambiental. De lá para cá, já foram lançadas seis variedades, com tonalidades que variam do verde aos marrons claro e avermelhado. A cultivar mais adotada pelos produtores é a BRS Rubi, por sua tonalidade mais escura, que é mais demandada pela indústria têxtil.