O Rio Grande do Sul acumula prejuízo de R$ 4,6 bilhões por estragos causados pelas fortes chuvas que atingem a região desde o fim de abril, segundo dados publicados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta terça-feira (7).

Os números — ainda preliminares — mostram que 78% das cidades gaúchas foram atingidas, enquanto parte dos municípios não conseguiu registrar seus dados por conta dos estragos.

Até o momento, foram contabilizadas 99,8 mil casas danificadas ou destruídas. Com isso, o setor habitacional acumula maior parte das perdas, com prejuízo de R$ 3,4 bilhões.

O restante das perdas está distribuído entre o setor público (R$ 465,8 milhões) e o setor privado (R$ 756,5 milhões).

Na área privada, os principais setores afetados são:

1. Agricultura: R$ 435 milhões
2. Pecuária: R$ 134,7 milhões
3. Indústria: R$ 92 milhões
4. Comércios locais: R$ 37,5 milhões
5. Demais serviços: R$ 52,2 milhões

Já no setor público, os mais impactados são:

1. Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras): R$ 333,6 milhões em prejuízos
2. Obras de infraestrutura (pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 91,3 milhões
3. Sistema de transportes: R$ 8,4 milhões
4. Assistência médica emergencial: R$ 7,4 milhões
5. Sistema de esgotamento sanitário: R$ 7,4 milhões
6. Limpeza Urbana e remoção de escombros: R$ 6,2 milhões
7. Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 3,3 milhões
8. Sistema de ensino: R$ 2,9 milhões
9. Abastecimento de água: R$ 2,8 milhões

O balanço divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul na tarde desta terça-feira mostra que o número de mortos em razão das chuvas que atingem o estado passou de 90.

Além disso, quatro óbitos estão em investigação. Ao todo, mais de 130 pessoas estão desaparecidas e 362 estão feridas.

Segundo o relatório, 1.408.993 pessoas foram afetadas em 397 municípios. Já são 156.056 desalojados e 48.297 em abrigos.