O Chelsea abriu um procedimento interno para investigar o meia argentino Enzo Fernández, que se tornou o epicentro de uma polêmica após gravar uma live em que jogadores da seleção argentina cantam uma música racista durante a comemoração do título da Copa América, no último domingo (14/7).

A informação está sendo veiculada por diferentes emissoras inglesas. Os Blues estudam a possibilidade de punir o argentino por conta da música, que contém ofensas racistas e homofóbicas contra os jogadores franceses. Ainda não há informações sobre qual seria a sanção aplicada.

A Federação Francesa de Futebol acionou a Fifa pelo ocorrido. De acordo com o jornal AFP, a Federação Francesa irá buscar outras providências possíveis. Amélie Oudea-Castera, ministra de esportes da França, declarou através de suas redes sociais seu repúdio ao episódio.

O registro teria irritado colegas franceses de Enzo Fernández do Chelsea. Os zagueiros Diasi, Fofana e Badiashile, além do lateral Malo Custo, o meia Ugochukwu e o atacante Nkunku pararam de seguir o argentino após o vídeo polêmico viralizar.

Fofana, inclusive, fez questão de tornar pública sua indignação com o colega.

“O futebol em 2024: racismo desinibido”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).

Pouco tempo após a publicação de Fofana, Enzo utilizou as redes sociais para se desculpar pelo ocorrido. O jogador foi o único argentino até o momento a se retratar pelo episódio.

“Quero sinceramente pedir desculpas pelo vídeo que postei no Instagram durante as comemorações com a seleção. A música inclui linguagem extremamente ofensiva e não há qualquer desculpa para essas palavras”, escreveu em inglês o jogador em seu Instagram.

Enzo fez uma transmissão ao vivo em sua conta no Instagram. Nas imagens, jogadores argentinos aparecem dentro do ônibus que transportava a delegação da Argentina após a vitória e o título diante da Colômbia na decisão da Copa América. Em determinado momento, quando a música se inicia, o meia do Chelsea encerra a gravação.

“Eles jogam pela França, mas são de Angola, que bom que eles vão correr, se relacionam com transexuais, a mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês”, diz a letra da canção.