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Gilvan Rocha/Agência Brasil

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Alerta no Rio Grande do Sul: Chuvas intensas, aumento dos rios e risco de deslizamentos

Publicado em 13/05/2024 08h01

Esta semana se inicia em estado de alerta no Rio Grande do Sul, devido ao volume intenso de chuvas, aumento do nível dos rios e risco de deslizamentos, juntamente com a queda nas temperaturas.

A partir desta segunda-feira (13), Porto Alegre enfrenta a possibilidade de uma nova cheia histórica, com o lago Guaíba podendo atingir 5,5 metros nas próximas 48 horas, ultrapassando o pico de 5,3 metros registrado no último dia 5.

A previsão meteorológica indica continuidade das chuvas durante a madrugada, com expectativa de redução ao longo do dia. No entanto, essa trégua será temporária, pois a preocupação passa a ser o frio, com possibilidade de geada no extremo sul do estado devido à entrada de uma massa de ar frio.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) emitiu um novo alerta de riscos hidrológicos e geológicos muito elevados para o estado. O rio Taquari, por exemplo, ultrapassou a marca de 26 metros em Lajeado, e o rio Caí, já em cota de inundação, apresentará significativo aumento, causando inundações severas.

O governador Eduardo Leite manifestou preocupação em relação às possíveis enchentes e deslizamentos na Região da Serra e dos Vales, alertando para a importância de evitar áreas de risco, especialmente encostas de morros devido ao solo encharcado.

Em relação ao lago Guaíba, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) prevê uma cheia duradoura, com possibilidade de nova elevação para até 5,5 metros.

A região Sul do estado também está sob alerta, com o Canal São Gonçalo, em Pelotas, atingindo níveis históricos. O governador Leite destacou a invasão das águas em cidades como São Lourenço do Sul, Pelotas, São José do Norte e Rio Grande.

O Rio Grande do Sul já contabiliza nove mortes confirmadas, 132 desaparecidos e 806 feridos devido aos temporais e cheias desde o final de abril. O número de desabrigados e desalojados também continua a aumentar, com mais de 618 mil pessoas afetadas em 447 municípios.

Porto Alegre registrou o início de maio mais chuvoso em 63 anos, com precipitação triplicada em relação à média esperada para o período.