
Paraíba
Carcaças de baleias são encontradas em praias da Paraíba
Publicado em 27/09/2023 17h09
Duas baleias foram descobertas em praias separadas da Paraíba na noite de terça-feira (26). Primeiro, uma baleia cachalote foi encontrada na Barra do Rio Mamanguape, na cidade de Rio Tinto, no Litoral Norte, e, posteriormente, uma baleia-jubarte apareceu em Pitimbu, no Litoral Sul.
Equipes do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho/Fundação Mamíferos Aquáticos e da Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape foram chamadas para realizar as primeiras análises nos corpos das duas criaturas. No entanto, devido às condições da maré nos locais, a necropsia, a coleta de materiais biológicos e a operação para a destinação das carcaças só puderam ser realizadas na manhã seguinte, quarta-feira (27), por essas equipes.

O Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho informou ao g1 que as carcaças estavam em estágio avançado de decomposição, tornando impossível inicialmente identificar a causa da morte ou o sexo dos animais.
A cachalote, com cerca de 8 metros de comprimento, provavelmente era um jovem exemplar da espécie, enquanto a baleia-jubarte media aproximadamente 3 metros. As carcaças já foram sepultadas.
O coordenador do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho e diretor de pesquisa e manejo da Fundação Mamíferos Aquáticos, João Carlos Gomes, disse em entrevista que as populações de baleias jubartes aumentaram nos últimos anos e, atualmente, a temporada de reprodução dos animais no Brasil está acontecendo. Segundo ele, esse é o maior fator para o aparecimento de carcaças como essas em praias da Paraíba.
“As populações de jubartes aumentaram nos últimos anos, tanto que a população aumentou em área de distribuição, consequentemente. Então é de se esperar que nesse período reprodutivo aconteça um aumento no número de encalhe desses animais”, explicou.
Além disso, o especialista também contou que com o aumento populacional dessa espécie de baleia nos últimos anos, a jubarte saiu da lista de espécies ameaçadas de extinção. “Nos últimos anos, ela saiu da categoria de ameaçada, exatamente porque aumentou a população, então é uma espécie que em alguns países ela ainda encontra-se ameaçada, mas as populações que utilizam o Brasil, não encontram mais risco de extinção”.